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O que já penso sobre neuroarquitetura


Quando eu comecei a estudar neuroarquitetura a poucos meses atrás já me veio a cabeça uma série de questões racionalizadas e outras tantas relativas ao cérebro e à neurociência em si. Mas aí que eu estava enganada. A medida que fui conhecendo um pouquinho mais sobre o tema percebi que a preocupação maior da neurociência (no meu olhar ainda de leiga) não é com o que você acha ou diz que acha mas sim com o que de fato você sente.


Neurocientistas e demais profissionais ligados à área usam diversos recursos como a ressonância magnética, o sensor de olhar, de temperatura e suor e verificam realmente como o seu corpo responde a determinado estímulo e como ele se comporta com o ambiente edificado independentemente do que você diga racionalmente. O resultado dessas pesquisas servem de insumo para arquitetos e designers projetarem espaços com mais clareza e qualidade.


Não à toa meu interesse pelo tema têm crescido. É como se eu precisasse de muita metodologia científica, muitos estudos de credibilidade para quebrar paradigmas racionais e cristalizados através de um sistema educacional cartesiano e de um modo de projetar no “piloto automático”. Este modo de projetar acaba por cegar aquilo que nosso corpo sente e nossa alma já sabe. Precisamos de mais áreas verdes nas cidades, melhor qualidade do ar, ambientes mais integrados à natureza, materiais menos agressivos em sua cadeia produtiva, mais luz e ventilação natural, maior responsabilidade com o uso de recursos, maior generosidade com o uso da água potável, cuidado com os excessos de ruídos, enfim, ambientes mais sustentáveis para nós e para o meio ambiente.


É necessário um constante reinventar-se e um olhar atento aos resultados obtidos.


Por isso, amigos, estudar sobre antigos temas como psicologia ambiental, análise de pós ocupação e agora sobre a neuroarquitetura não é o que se pensa, é muito mais que isso. É o que se sente. Faz sentido?


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